DICAS LEGAIS, ÚTEIS E VERDADEIRAS…
Dica 1- A Higiene é fundamental - Limpar a pele, deixa-la respirar é essencial...
Dica 2- A maquiagem, na medida certa, realça a beleza feminina. Porém deixe para usa-la ocasionalmente... Além de beneficiar a pele, verás uma reação bacana nas pessoas... Pois evidenciará o Contraste (não estando maquiada e estando maquiada). Vale a pena...
Dica 3- Antes de dormir, principalmente se usa ar-condicionado, use um creme Hidratante. Se sua pele é oleosa ou não gosta da sensação do creme, esse é um dos benefícios do Argan Lyzzy puro. Vale a pena... É mais útil e possibilita efeitos bem superiores... E creiam, não deixa a pele oleosa.
Dica 4- Esfoliar a pele, com suavidade, uma vez por semana, retirando as células mortas é muito benéfico... Uma vez por semana, hein...? De preferencia na noite anterior que não se exporá ao sol.
Dica 5- O uso de Protetor solar é essencial. Mais importante do quem um fator alto é a reaplicação conforme recomendada.
Dica 6- Sorrir... Movimentar os músculos da face... Mágico...
Dica 7- Procure não misturar diversos cremes... Tanta mentira... Tanta ilusão... Use alternadamente um de cada vez...
Dica 8- A limpeza da pele pode ser feita com Asseptol, sabão neutro, nada de químicas fortes...
Dica 9- Na região dos olhos, usar um creme mais concentrado faz bem... Produtos que contenham a substância Q10 Plus, ajudam... O Óleo De Argan Lyzzy é indispensável.
Dica10- Concentre-se menos na pele facial... Ao olha-la em demasia verás o que não existe... Além de ficar tentada (o) a espremer cravos e espinhas...
Dica 11- Evite passar as mãos no rosto. Para tudo, manter as mãos higienizadas, limpas em muito colaborará. Aquele Gel de assepsia para as mãos são bem bacanas.
Dica 12- Não só para a pele do rosto, mas para o tecido do corpo em geral, se puderes usar o PROTEX vale a pena. Não precisa ser o líquido.
Se gostar das dicas, não custa expressar-se... Se tiveres alguma dica interessante, colabore... O bem sempre se propaga...
Produtos com Q10 Plus- Região dos olhos
O Ideal seria o Argan Lyzzy Original (exija o Certificado Internacional) e um dos produtos ao lado ou com Q10 Plus. Se tiveres que escolher, opte pelo Argan Lyzzy Original
HIDRATAÇÃO DIURNA E NOTURNA ( SE POSSÍVEL, AO MEIO DIA)- APENAS DUAS GOTAS- EM SEGUIDA PODE SER FEITO USO DE MAQUIAGEM- ABSORÇÃO DA PELE- EM TORNO DE 3 MINUTOS
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ESFOLIANTE – QUALQUER UM DESSES… OU OUTROS DE OUTRA MARCA.
CARO- SEM GRANA- DICAS DE ESFOLIANTE CASEIRO:
Para fazer uma limpeza de pele caseira precisamos ter alguns ingredientes indispensáveis, um sabonete neutro e um esfoliante. O esfoliante remove as impurezas da pele , elimina os cravos e ajuda a remover as células mortas do nosso rosto. Confira abaixo algumas receitas de esfoliantes caseiro para o rosto.
Receitas de esfoliante caseiro para o rosto – Fácil
Ingredientes
5 colheres de sopa de açucar
5 colheres (sopa) oléo de amêndoas ou oléo johnsons
Modo de fazer :
Coloque todos os ingredientes em um potinho plástico e misture , em seguida lave o rosto com o sabonete neutro e seque a pele com uma toalha limpa. Pegue um pouco da mistura e com as pontas dos dedos faça movimentos circulares em toda zona T do rosto. ( testa, nariz, queixo) evite a área dos olhos .Se desejar a esfoliação pode ser feita na hora do banho e pode ser feita duas vezes na semana.
Esfoliante para todos os tipos de pele
Ingredientes:
Meio mamão pequeno e uma colher de açúcar cristal.
Modo de fazer:
Misture os ingredientes e aplique no rosto inteiro com movimentos circulares, esfoliando bem.Enxágüe bem o rosto com água fria. e aplique um tônico facial ou loção adstringente.
Esfoliante para pele com cravos e oleosa
Ingredientes:
1 colher de sopa açúcar cristal
1 colher de sopa de mel.
Modo de fazer:
Misture os ingredientes em um potinho plástico, lave o rosto e depois e aplique a mistura com as pontas dos dedos fazendo massagens com movimentos circulares, esfoliando levemente a pele.Depois Enxágüe bem o rosto com água fria e aplique uma loção tônica ou adstringente para fechar os poros.
Esfoliante para pele seca
Ingredientes:
1 colher de sopa de aveia em flocos
1 colher de sopa de mel
Modo de fazer:
Misture os ingredientes em seguida lave o rosto com o sabonete específico para o seu tipo de pele . Depois aplique a mistura no rosto, evitando a área dos olhos e faça movimentos circulares, com as pontas dos dedos.
Em seguida enxágüe bem o rosto com água fria. Passe um tônico facial para fechar os poros e hidratar a pele.
HIDRATAÇÃO, FUNGICIDA, LIMPEZA, NUTRIÇÃO DA PELE, REJUVENESCIMENTO FACIAL… E MUITO, MUITO MAIS… INDISPENSÁVEL…
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Por Rômulo Soares Albuquerque
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Hidratação da pele: o que precisamos saber
A pele normal possui um percentual de hidratação necessário para que ela possa exercer suas funções adequadamente. Vários fatores podem influir neste percentual, deixando a pele ressecada.
O que pode provocar o ressecamento da pele?
São vários os fatores responsáveis:
· Fatores climáticos, como o vento, o sol, frio intenso e o ar seco, favorecem a evaporação da água através da pele, diminuindo o seu grau de hidratação.
· Substâncias químicas, como sabões e detergentes, eliminam a gordura da pele, afetando o manto lipídico que ajuda a reter a umidade natural da pele, deixando-a desprotegida e favorecendo a desidratação.
· Com o processo de envelhecimento, o teor de água da pele diminui. Por isso, é comum que pessoas idosas apresentem a pele mais seca.
· Algumas doenças como dermatite atópica, psoríase e ictiose, provocam alterações na pele que modificam sua hidratação natural.
· As alterações provocadas pelo excesso de sol na pele, o foto envelhecimento, também favorecem a sua desidratação.
Quais os problemas de uma pele desidratada?
A pele desidratada pode ter sua função de proteção comprometida, além de ganhar aspecto opaco, áspero, sem elasticidade e com tendência à descamação. A pele ressecada é mais frágil e sujeita a irritações.
Que cuidados podem evitar o ressecamento da pele?
Para evitar o ressecamento, é importante:
· Beber bastante líquidos, aproximadamente 2 litros por dia.
· Proteger a pele das agressões externas, evitando o sol em excesso e sem proteção solar.
· Nas áreas de pouca oleosidade, não deve-se utilizar sabonetes em demasia, bucha e água muito quente, para não diminuir ainda mais o manto lipídico.
· Caso sejam tomados mais de um banho por dia, os sabonetes devem ser usados no corpo todo apenas em um dos banhos. Nos outros, usar apenas nos locais de dobras de pele (virilha, axilas, etc.) ou de maior oleosidade.
· Evitar produtos que contenham álcool em sua fórmula, pois também podem ressecar a pele.
· Utilizar hidratantes logo após o banho, nas áreas que apresentem sinais de ressecamento.
Por que a pele fica mais ressecada no inverno?
No inverno, há uma diminuição da transpiração e uma menor umidade do ar, levando a uma menor hidratação natural da pele. Além disso, nesta época, é comum se tomar banhos mais quentes, que retiram a oleosidade natural de forma mais intensa, diminuindo o manto lipídico que retém a umidade da pele.
Qual o melhor hidratante?
O hidratante adequado vai depender das características da pele de cada pessoa. O profissional mais habilitado para avaliar o tipo de pele e os produtos mais indicados para ela é o médico dermatologista.
A descamação pode ser provocada por uma doença?
Algumas vezes, o ressecamento da pele pode ser provocado por doenças que provocam descamação como: a dermatite atópica, a psoríase e aictiose, entre outras. Nestes casos, é importante que o dermatologista diagnostique qual é a causa da descamação para indicar o tratamento mais adequado.
O frio já chegou...
E com ele algumas mudanças podem ser percebidas na nossa pele, principalmente nas cidades mais ao sul do país, onde ele é mais intenso. A pele torna-se mais ressecada e áspera, chegando a descamar em alguns locais.
Por outro lado, aqueles que têm pele oleosa na face podem apresentar aumento da oleosidade e, até mesmo, uma piora da dermatite seborreica(aquela descamação localizada ao redor do nariz, nos supercílios, atrás das orelhas e no couro cabeludo) nesta época do ano.
Sendo assim, veja algumas dicas para manter sua pele saudável enquanto o calor não volta.
Pele ressecada e/ou descamativa
· Não tome banhos muito quentes, eles retiram a oleosidade natural da pele
· Evite se ensaboar demais e não use bucha, isso retira a hidratação natural da pele. Prefira sabonetes suaves, "hidratantes"
· Se tomar 2 banhos por dia, ensaboe o corpo todo em apenas 1 deles. No outro, só ensaboe as áreas de dobra de pele (axilas, regiões inguinais e nádegas)
· Logo após o banho, com a pele ainda úmida, use um hidratante nas áreas ressecadas. Procure um dermatologista para saber qual o hidratante mais indicado para sua pele
· Beba bastante água e coma frutas, legumes e verduras.
Aumento da oleosidade
· Evite usar hidratantes nas áreas de pele oleosa, eles raramente são necessários. Mesmo se logo após o banho, a pele parece ressecada, em pouco tempo a oleosidade natural vai retornar.
· Evite lavar a face com água quente, pois isso estimula a produção de mais oleosidade.
· Evite alimentos gordurosos
· Beba bastante água e coma frutas, legumes e verduras.
· Só use filtros solares ou cosméticos com o rótulo oil free (livre de óleo)
· Se a pele descama ou fica avermelhada na região central da face, procure um dermatologista, você pode estar com dermatite seborreica
Rachaduras labiais
Se você mora em locais de clima frio e seco, não espere os lábios racharem para então cuidar deles, previna-se seguindo as dicas abaixo:
· em dias mais frios, use umectantes labiais várias vezes ao dia. As mulheres podem caprichar nos batons hidratantes
· não passe a língua sobre os lábios para molhá-los, isso só vai piorar o ressecamento
· beba bastante água
Proteção solar
O sol do outono e do inverno é uma delícia, mas não se deixe enganar, ele não é inofensivo. Nesta época, apesar de uma menor incidência dos raios UVB, responsáveis pela queimadura solar, a radiação UVA, principal causadora do envelhecimento cutâneo, continua forte.
Portanto, apesar de você não se "queimar", o sol danifica a sua pele e você deve protegê-la com filtros solares de FPS 15 ou maior sempre que ficar exposto ao sol.
Doenças da Pele |
Dermatite Seborreica O que é? Trata-se inflamação crônica da pele que surge em indivíduos geneticamente predispostos, tratando-se, portanto de manifestação constitucional. As erupções cutâneas características da doença ocorrem predominantemente nas áreas de maior produção de oleosidade pelas glândulas sebáceas. A causa da dermatite seborreica é desconhecida, mas a oleosidade excessiva e um fungo (Pityrosporum ovale) presente na pele afetada estão envolvidos no processo. A maior atividade das glândulas sebáceas ocorre sob a ação dos hormônios androgênicos, por isso, o início dos sintomas ocorre geralmente após a puberdade. Nos recém-nascidos também podem ocorrer manifestações da doença, devido ao androgênio materno ainda presente. Manifestações clínicas A dermatite seborréica tem caráter crônico, com tendência a períodos de melhora e de piora. A doença costuma se agravar no inverno e em situações de fadiga ou estresse emocional. As manifestações mais frequentes ocorrem no couro cabeludo e são caracterizadas por intensa produção de oleosidade (seborréia), descamação (caspa) e prurido (coceira). A caspa pode variar desde fina descamação até a formação de grandes crostas aderidas ao couro cabeludo. A coceira, que pode ser intensa, é um sintoma frequente nesta região e também pode estar presente com menor intensidade nas outras localizações. Quando atingem a pele, as lesões da dermatite seborréica são avermelhadas e com descamação gordurosa. As áreas mais atingidas são a face (principalmente o contorno nasal, supercílios e fronte), pavilhões auriculares e região retroauricular e o centro da região torácica anterior e posterior. Outras manifestações são a blefarite seborreica, que atinge as pálpebras, e a presença de lesões em áreas de dobra de pele, como as axilas e regiões infra mamárias. Casos graves de dermatite seborreica podem evoluir para a generalização das lesões, atingindo extensas áreas da pele. Tratamento Não existe medicação que acabe definitivamente com a dermatite seborreica, porém seus sintomas podem ser controlados. Deve-se evitar a ingestão de alimentos gordurosos e de bebidas alcoólicas e o banho muito quente. O tratamento geralmente é feito com medicações de uso local na forma de sabonetes, xampus, loções capilares ou cremes, que podem conter antifúngicos ou corticosteroides, entre outros componentes. Em casos muito intensos, medicação via oral podem ser utilizadas. O tratamento adequado vai depender da localização das lesões e da intensidade dos sintomas, e deve ser indicado por um médico dermatologista. |
Psoríase
O que é?
A psoríase é uma doença da pele bastante frequente. Atinge igualmente homens e mulheres, principalmente na faixa etária entre 20 e 40 anos, mas pode surgir em qualquer fase da vida.
Sua causa é desconhecida. Fenômenos emocionais são frequentemente relacionados com o seu surgimento ou sua agravação, provavelmente atuando como fatores desencadeantes de uma predisposição genética para a doença. Cerca de 30% das pessoas que têm psoríase apresentam história de familiares também acometidos.
Não é uma doença contagiosa e não há necessidade de evitar o contato físico com outras pessoas.
Manifestações clínicas
Pode apresentar-se de várias maneiras, desde formas mínimas, com pouquíssimas lesões, até a psoríase eritrodérmica, na qual toda a pele está comprometida. A forma mais frequente de apresentação é a psoríase em placas, caracterizada pelo surgimento de lesões avermelhadas e descamativas (foto) na pele, bem limitadas e de evolução crônica.
A psoríase em placas, em geral, se apresenta com poucas lesões mas, em alguns casos, estas podem ser numerosas e atingir grandes áreas do corpo.
Por serem lesões secas, as escamas da psoríase podem se tornar grossas e esbranquiçadas (foto abaixo) e as localizações mais frequentes são os cotovelos, joelhos, couro cabeludo e tronco.
É comum ocorrerem fases de melhora e de piora. Quando as placas regridem, costumam deixar área de pele mais clara no local afetado.
Outra característica, chamada de fenômeno de Koebner, caracteriza-se pela formação de lesões lineares em áreas de trauma cutâneo, como arranhões. As lesões de psoríase são geralmente assintomáticas, mas pode haver prurido discreto (coceira).
Apresentações menos comuns são a psoríase ungueal (foto abaixo), com lesões apenas nas unhas, a psoríase pustulosa, com formação de pústulas principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés e a artrite psoriásica que, mais comum nos dedos das mãos, caracteriza-se por inflamação articular que pode causar até a destruição da articulação.
de apresentação é a psoríase gutata (foto abaixo), com surgimento eruptivo de pequenas lesões circulares (em gotas), frequentemente associada com infecções de garganta.
A psoríase palmo-plantar é uma manifestação na qual apenas as palmas das mãos e as plantas dos pés estão afetadas, provocando descamação e espessamento da pele, que se torna ressecada e áspera (abaixo).
O diagnóstico da psoríase é geralmente clínico, mas pode ser confirmado através da realização de uma biópsia, que revelará um quadro bem característico da doença.
Tratamento
O tratamento da psoríase vai depender do quadro clínico apresentado, podendo variar desde a simples aplicação de medicações tópicas nos casos mais brandos até tratamentos mais complexos para os casos mais graves.
A resposta ao tratamento também varia muito de um paciente para outro e o componente emocional não deve ser menosprezado. Uma vida saudável, evitando-se o estresse vai colaborar para a melhora. A exposição solar moderada é de grande ajuda e manter a pele bem hidratada também auxilia o tratamento.
Não existe uma forma de se acabar definitivamente com a psoríase, mas é possível se conseguir a remissão total da doença, obtendo-se a cura clínica. Ainda não é possível, no entanto, afirmar que a doença não vai voltar após o desaparecimento dos sintomas.
Pele e Psiquismo |
Comunicação química na psoríase Entre as dermatoses influenciadas pelo estado emocional, a psoríase é muito evidente. Grande número de pacientes com psoríase relata agravamento do quadro da doença em situações de estresse. Em estudo de 64 pacientes, Richard Fried e colaboradores, em Nova York, observaram que 29% deles percebia que os surtos da doença eram precipitados pelo seu estado emocional. É comum a referência ao surgimento de uma crise ou expansão das placas ou intensificação da coceira, quando atravessam uma fase de tensão emocional. Por outro lado, o prejuízo que o estado da pele causa à autoimagem da pessoa e a sua vida social concorre para mantê-la em tensão exacerbada. Entre os pacientes que têm a manifestação cutânea agravada pelo estresse alguns pioram mais do que outros. Embora o estímulo seja o mesmo há variações individuais no curso da psoríase. O estresse e os nervos Pensamentos de tensão agem sobre o sistema nervoso central, o sistema nervoso autônomo e o sistema endócrino levando à produção de substâncias mensageiras de estresse. Na pele, receptores especializados percebem estímulos produzidos nas suas células e os transmitem, por meio de fibras nervosas até os gânglios e a medula espinhal de onde são levados, por feixes nervosos, até o tálamo. Este os envia aos centros corticais superiores encarregados de processar as informações cognitivas. Por nervos descendentes a informação sensorial é transportada através da medula espinhal até os órgãos periféricos, que são acionados autonomamente. O resultado final são respostas como sudação, rubor, palidez, produção de gordura e outras. Mensageiros químicos na pele Substâncias caracterizadas como neurotransmissores neuropeptídios e neurormônios, cuja secreção é regulada por estímulos diversos, inclusive por processos mentais, têm sido identificadas na pele. Cada uma tem diferentes efeitos e, em conjunto, seus efeitos se alteram a cada instante. Substância P, somatostatina, peptídio intestinal vasoativo (VIP), neuropeptídio Y, neurocinina A, galanina, dinorfina, endorfinas, peptídio relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) são alguns dos mensageiros químicos observados na pele. Entre elas, a substância P tem definido papel na provocação ou na manutenção das lesões de psoríase e está provavelmente envolvida na ligação entre o estresse e a psoríase. Comunicação intercelular e curso da psoríase A estimulação dos receptores, seja por estímulos positivos seja por estímulos danosos, como de resto toda estimulação em qualquer parte do organismo, leva à liberação de substâncias químicas encarregadas de comunicar o fato ao sistema nervoso central. Na psoríase, estímulos prejudiciais causam um aumento de substância P, de VIP e de CGRP por terminações nervosas da pele. Isso produz uma resposta inflamatória de vasodilatação e inchação. Por outro lado, a ativação de certas áreas do córtex cerebral em momentos de estresse altera a liberação de substância P pelas glândulas suprarrenais através de fibras autônomas descendentes, conforme explicam o Prof. Eugene Farber, notável pesquisador no campo da psoríase em Palo Alto, Califórnia, e colaboradores. Como algumas fibras descendentes inervam neurônios produtores de substâncias opióides na protuberância dorsal da medula espinhal e esses neurônios estão anatomicamente ligados a nervos que contêm substância P na medula, é possível que esses nervos autônomos descendentes possam desencadear a liberação de neuropeptídios na pele. Por essas vias pode ser entendido como o estresse influencia a fisiologia cutânea. As células estão em permanente comunicação por meio dessas substâncias químicas. Essa comunicação se faz não só entre as células, mas também das células para o sistema nervoso central e deste para as células. Pode-se, assim, explicar, ainda que num nível muito superficial, por que a psoríase tem variações em conformidade com o estado mental e emocional de muitos pacientes. Saiba mais sobre a psoríase: o que é, manifestações clínicas, fotos e tratamentos. |
O que a mente tem a ver com a pele
A mente é algo sobre o que todas as pessoas falam, mas ninguém sabe o que é. Existem pesquisadores que acreditam que a mente é um produto do cérebro e buscam encontrar sua sede nesse órgão. Outros acham que a mente existe antes do cérebro, sendo a programadora do que se passa nele. Ambas as correntes de pensamento têm provas razoavelmente convincentes do que afirmam.
Seja o que for, a mente é onde se produzem os pensamentos. A partir deles, desencadeia-se uma série de fenômenos físicos através do cérebro, que é o local de reconhecimento de todos os fatos que se passam no organismo.
Origem embriológica
A pele e o sistema nervoso, do qual o cérebro é o órgão central, têm a mesma origem durante a formação do embrião. Ambos derivam do ectoderma, o folheto externo do embrião, que, na sua evolução, dobra-se sobre si mesmo formando um tubo, chamado tubo neural. A parte que fica por fora vai formar a pele e a parte interna vai desenvolver o sistema nervoso.
Portanto, desde o início, a pele está em ligação direta com o sistema nervoso, enviando-lhe constantemente informações sobre o meio externo.
Comunicação pele-sistema nervoso
Do cérebro e da medula espinhal partem nervos, que se ramificam como os galhos de uma árvore e se dirigem a todos os pontos do organismo, incluindo a pele. Na pele, filetes nervosos chegam à derme (segunda camada da pele), aos vasos e à camada mais superficial, a epiderme.
As mensagens entre o sistema nervoso e a pele se dão por meio de substâncias químicas, chamados neuropeptídios, que levam o código dos pensamentos ocorridos na mente para a pele.
Em sentido inverso, a pele envia ao cérebro suas mensagens por meio de mediadores químicos produzidos por suas células, que viajam até o sistema nervoso central pelo sangue ou pelos nervos, lá gerando pensamentos.
A comunicação entre mente, sistema nervoso e pele são constante e imediata, provocando alterações muito sutis, na maioria das vezes invisíveis e não percebidas pelas pessoas, como as alterações na produção do suor.
No próximo artigo, veja como algumas doenças podem originar-se dessa comunicação.
A mente e as doenças da pele
Os processos de comunicação entre as células vêm sendo desvendados desde os estudos do pesquisador Hans Selye, sobre a influência do estresse no organismo, na década de 30. Nos últimos trinta anos, essas descobertas vêm aumentando muito e já permitem a compreensão de que todas as células do organismo se comunicam permanentemente.
Hoje, entende-se que o corpo tem um funcionamento holístico (integrado, completo), ligado por uma rede psicossomática (mente+corpo), na qual tudo o que se passa numa célula é imediatamente captado por todas as outras células.
Assim, o corpo mantém-se em equilíbrio adaptando-se a qualquer desarranjo em algum setor, por mínimo que seja. Este poder de adaptação é tão grande, que faz com que os órgãos possam desempenhar seu papel até quando têm apenas 30% de sua capacidade funcional.
A comunicação celular e as doenças da pele
Com base nessa comunicação holística, não há mais dúvida atualmente de que muitas doenças têm seu ponto de partida no tipo de pensamentos que a pessoa cria na mente. A vibração dos pensamentos provoca primeiramente alterações elétricas no cérebro que levam à produção de substâncias químicas pelo hipotálamo (área do sistema nervoso localizada na base do cérebro).
Estas substâncias químicas são os mediadores (mensageiros), que fazem a comunicação entre as células. O tipo de mediadores que será produzido e o que eles causarão, depende do tipo de pensamentos que está sendo gerado a cada instante.
Não se sabe exatamente, ainda, como se dá o fenômeno de vibrações se transformarem em moléculas químicas nem como estas determinam desequilíbrios nas células. No entanto, não há dúvida de que, certos estilos de pensamentos agindo sobre pessoas geneticamente predispostas, são capazes de desencadear mudanças no organismo, que se manifestam sob a forma de doenças.
Assim, há certas dermatoses (doenças da pele) que seguramente têm uma ligação muito estreita com estados emocionais, pelo menos numa significativa porcentagem de pessoas. A psoríase é o exemplo mais eloquente. Observa-se, com frequência, que os pacientes com psoríase têm um alto nível de ansiedade. O vitiligo é outra dermatose sobre a qual o estresse exerce importante influência. A dermatite atópica, um tipo de alergia, que pode aparecer logo aos primeiros meses de vida, também contém um componente emocional intenso.
Além dessas, a dermatite seborreica, a neurodermite, a hiperidrose axilar e palmoplantar, a alopecia areata e, possivelmente, o líquen plano, a dermatite numular, a dermatite artificial (auto escoriação) e a tricotilomania (arrancamento compulsivo de cabelos e pelos) são outros quadros com conexão mente-pele evidente, em maior ou menor grau.
No próximo artigo, enfocamos alguns pormenores conhecidos da rede mente-corpo na qual a pele está inserida.
Como manter a pele livre de estresse
O que é o estresse e como ele afeta o corpo
Pelos aspectos anteriormente focalizados, de comunicação geral das células por meios dos mensageiros químicos, todos os órgãos podem ser afetados por qualquer tipo de estresse que atinja o organismo, inclusive a pele.
Entende-se por estresse o esforço que o organismo realiza para adaptar-se a condições que contrariam sua natureza e seu equilíbrio e que provocam mal-estar ou sofrimento. Isso pode ocorrer por motivos físicos (uma inflamação dentária, p.ex.), ambientais (um local com ruído acima de 85 decibéis, p.ex.), químicos (sede ou alimentos gordurosos, p.ex.) ou psicológicos (medo de falar em público, p.ex.).
Em qualquer dessas situações o corpo tem que adaptar seu funcionamento para poder garantir a sobrevivência e isso exige gasto energético. Esse excesso de demanda de energia é o estresse. Qualquer que seja sua origem, ele afeta o corpo por inteiro. Para exemplificar, em toda situação estressante há algum grau de contração da íris, mesmo que o evento nada tenha de visual.
O estresse e a pele
Assim, mesmo que o estresse não atinja diretamente a pele, esta apresenta reações pelo reconhecimento do estresse que afeta outro setor do organismo. A primeira reação é o aumento da perspiração, isto é, da eliminação imperceptível de suor. Na ocorrência de um estresse mais intenso, a pessoa se dá conta de que está suando numa situação em que não deveria. Outras reações de estresse na pele são a diminuição ou o aumento da circulação sanguínea (causando palidez ou rubor), o aumento da secreção sebácea e a ereção dos pelos.
Esses sinais denunciam que a pele está participando da reação geral de estresse, também chamada síndrome geral de adaptação. Todo estresse é acionado por um aumento da secreção dos hormônios adrenalina e cortisol, que preparam o organismo para reagir numa situação de emergência ameaçadora da sobrevivência.
Entretanto, eles também levam a uma diminuição da função do sistema imunitário, encarregado da defesa do corpo contra agentes estranhos. A pele contém elementos que a caracterizam como órgão imunitário e, portanto, ela tem sua função diminuída em condições de aumento destes hormônios. Isso facilita a instalação de doenças para as quais o indivíduo tenha propensão ou tendência genética. Daí porque é importante, para a saúde da pele, controlar os efeitos do estresse.
Esteja atento aos sinais de estresse e aprenda a combatê-los
De modo geral, tendo em vista seus efeitos destrutivos e o reconhecimento, hoje, de que o estresse é a maior causa de desencadeamento e de manutenção de doenças, é preciso que todos estejam atentos para situações estressantes. É importante, também, neutralizar os efeitos do estresse, para seguir um estilo de vida facilitador da saúde, pela liberação das células para a execução de suas funções normais. A pele está incluída nesse programa.
Em princípio, todas as pessoas deveriam levar um ritmo de vida conforme a natureza do organismo. As condições de civilização atuais, entretanto, criaram uma maneira de viver totalmente contrária, em todos os aspectos, ao que o organismo necessita.
Compete a cada um, então, verificar em que pontos podem neutralizar o impacto negativo da vida civilizada moderna e manter seu corpo livre da sobrecarga dos desgastantes hormônios do estresse.
Basicamente podemos atingir esse objetivo colocando em prática recursos muito simples, de custo zero e absolutamente naturais. Seu objetivo é atender as necessidades básicas do organismo, que são: nutrição adequada, atividade, repouso e mente tranquila. Podemos, para esse fim, reuni-los em 7 atitudes: alimentação alcalinizante, atividade física adequada, repouso suficiente, relaxamento, respiração completa, meditação e visualização.
Vamos explicar cada um desses recursos. Em conjunto, eles garantirão, tanto quanto possível nas condições em que vivemos uma pele com o nível natural de estresse.
Alimentação e Pele
Alimentos acidificantes e alcalinizantes
Dissemos que um dos recursos naturais para proteger a pele do estresse é a alimentação alcalinizante. Pode parecer estranho que a alimentação tenha algo que ver com o estresse. Vamos ver a relação que existe entre eles.
Primeiramente, o que é alimentação alcalinizante? Pelo processamento que sofrem durante a digestão, os alimentos podem dar origem a álcalis ou a ácidos dentro do organismo e se dividem, pois, em alcalinizantes e acidificantes. São alcalinizantes as frutas e os vegetais e são acidificantes as carnes, as gorduras, o leite, o açúcar, o álcool e os alimentos industrializados, que sempre contêm aditivos químicos.
Todo alimento ingerido é degradado em partículas, que são levadas para as células do corpo todo através da corrente sanguínea. O sangue tem índice de acidez/alcalinidade, representado pelo pH, que varia de 7,35 a 7,40. Esse é um valor que indica ser o sangue levemente alcalino. É nessa faixa que ele pode bem desenvolver sua função perfeitamente.
Entenda os valores do pH (índice de acidez/alcalinidade) | ||
Ácido: 0 a 7 | Neutro: 7 | Alcalino: 7 a 14 |
Qualquer mudança mais para a alcalinidade ou mais para a acidez altera o funcionamento do sangue. Essa faixa de equilíbrio sanguíneo é muito estreita, como tudo no organismo. Existe um ponto ótimo de funcionamento, fora do qual o rendimento se altera. É como o motor do automóvel. Se está no ponto, economiza combustível, funciona silenciosamente e rende adequadamente. Se sair do ponto, gasta mais combustível, faz barulho e cai seu rendimento.
Entende-se, portanto, que, se os alimentos consumidos contribuírem para manter o pH normal do sangue, este funcionará normalmente. Se contribuírem para acidificar o sangue, haverá necessidade de uma adaptação deste para cumprir sua função de entrega de nutrientes para as células. Essa adaptação exige maior dispêndio de energia, ou seja, gera umestresse.
As células da pele, que recebem sua nutrição pelos finíssimos vasos sanguíneos (capilares) da derme, serão atingidas pelos nutrientes levados pela corrente sanguínea. Consequentemente, sentirão efeitos diferentes dependendo de o sangue estar na condição ótima ou não.
A respiração e a pele
A respiração é o processo pelo qual introduzimos oxigênio no organismo. Esse oxigênio é levado, pelos vasos sanguíneos, a cada célula componente de cada órgão. O corpo tem cerca de 60 trilhões de células. O oxigênio é necessário para que as células possam transformar os nutrientes em energia.
A pele, sendo o maior órgão do corpo, tem uma rede vascular muito vasta. Por meio dela a pele se nutre, respira, produz suor e regula a temperatura, elimina toxinas, absorve substâncias aplicadas na superfície cutânea, recebe mediadores químicos e os leva ao sistema nervoso central, conduz as células de defesa aos locais onde precisam atuar e efetua inúmeras outras ações.
Para que a pele funcione perfeitamente é imprescindível receber a quantidade adequada de oxigênio. Qualquer diminuição de seu aporte gera um estado de hipóxia e consequente estresse.
O ato de respirar
A respiração é o primeiro ato do ser humano ao nascer, o qual se repete incessantemente e automaticamente até o final da vida. O ato de respirar se compõe de inspiração (entrada do ar) e de expiração (saída). Desenvolve-se gradualmente até os 18 a 20 anos de idade, passando a decrescer daí para a frente. A partir dos 50 anos, começam a instalar-se os sinais de senilidade respiratória, que tendem a surgir dez anos antes nas mulheres.
Se nada for feito contra essa queda na capacidade respiratória, a pele e todos os tecidos apresentarão sinais de envelhecimento. Para manter os tecidos em bom estado, apesar da idade, é imprescindível aprender a manter um ciclo respiratório regular. Exercícios respiratórios, que abaixem o diafragma (músculo envolvido na respiração) apenas 1cm, aumentam em 250 a 300 centímetros cúbicos a capacidade pulmonar.
A respiração deveria ocorrer com a musculatura descontraída e ser determinada pela quantidade de oxigênio e gás carbônico no sangue, com uma freqüência de 12 a 18 respirações por minuto. Para isso são necessários movimentos de todo o tórax, abrangendo as partes inferior, a média e a superior.
No início da inspiração, o abdome se expande para abaixar o diafragma e permitir a entrada do máximo volume de ar na base dos pulmões. No meio da inspiração, a parte média do tórax se alarga para encher a parte média dos pulmões. No final da inspiração, a parte superior do tórax se eleva levemente, para que o ar chegue até o ápice dos pulmões. Essa é a respiração completa, que deveria ser a seqüência normal na vida das pessoas.
Nota-se, porém, que há movimentos respiratórios diversos, influenciados pelo estado de espírito da pessoa a cada instante.
Quando o indivíduo está tranqüilo, a respiração se faz lenta e ritmadamente movimentando livremente o abdome. Quando está tenso, a respiração se torna superficial, curta, ofegante, feita principalmente pelo tórax. Há diferença fundamental na capacidade de oxigenação de cada uma delas. A respiração abdominal, profunda, oxigena suficientemente o sangue; a respiração torácica oxigena insuficientemente.
Cada tipo de respiração está ligado a um estado psicoemocional da pessoa. A respiração profunda ocorre no estado de calma e tranqüilidade, quando a musculatura está descontraída. A respiração torácica se dá em estado de tensão, quando a musculatura está contraída, inclusive o diafragma, responsável pelos movimentos da musculatura abdominal. Ocorre, aí, um circuito bidirecional, como tudo no organismo: o estado emocional condiciona a respiração, assim como esta modifica aquele.
Como a maioria das pessoas aprendeu a viver em estado de ansiedade e tensão, observa-se que a respiração é defeituosa em quase todos os indivíduos, que praticam inconscientemente a respiração torácica. Esta vai alimentar mais ansiedade e tensão e, com isso, seu sangue é deficientemente oxigenado e seus tecidos se ressentem dessa falta de oxigênio.
Para manter a juventude da pele
Uma respiração completa, descontraída, é condição primária para manter a pele jovem e sem rugas. Atualmente, recorre-se muito aos procedimentos cosméticos químicos, cirúrgicos e com a utilização do laser. Esquece-se que, na deficiência de oxigênio, a pele manterá seu ritmo acelerado de envelhecimento após o recurso empregado. A etapa primária, antes de qualquer desses processos, deveria ser a mudança do padrão respiratório para garantir a nutrição correta da pele.
Isso é feito tornando consciente a respiração. É preciso saber que estamos respirando. Se estivermos conscientes da respiração a maior parte do tempo, teremos controle sobre ela e poderemos mudar a respiração torácica para abdominal. A repetição consciente da respiração abdominal vai ser automatizada e transformar-se no modo natural de respirar. A partir daí, pode-se praticar a respiração completa e aumentar a capacidade respiratória.
Efeito emocional da respiração
A respiração consciente tem outro efeito importante para o organismo. Quando se respira profundamente, aumenta-se a produção de endorfinas, que são hormônios mediadores da estimulação da imunidade, do estado de bem-estar e da diminuição da dor. Assim, a prática da respiração abdominal corta o ciclo da ansiedade e favorece o bom funcionamento da pele pela redução do estresse.
Além disso, o controle voluntário da respiração liga o indivíduo no que está se passando em seu corpo no momento presente, ou seja, no aqui e agora. Isso lhe amplia a consciência, dá-lhe plena atenção e modula o sistema imunitário pela produção de um estado bioquímico que facilita o fluxo natural da vitalidade do organismo.
Veja, a seguir, como o relaxamento pode ajudar a saúde da pele.
Relaxamento: benefícios para a pele
Relaxamento é o ato de desfazer as tensões existentes na musculatura e em todos os setores do organismo. Vem do inglês relax e é uma acepção importada para o verbo relaxar, que, em português, tem outro sentido. Melhor seria dizer descontração, mas como o termo já está consagrado, vamos mantê-lo neste texto.
A ausência de tensão é o estado natural do ser humano. Existe um tônus natural, que permite à musculatura funcionar. As tensões, porém, são originadas de pensamentos, emoções e sentimentos e são adequadas a cada situação. Nem sempre as pessoas estão conscientes do que pensam ou sentem. Existem pensamentos automáticos e emoções contidas ou reprimidas das quais as pessoas não se dão conta, mas que afetam suas fibras musculares causando retesamentos e bloqueios acumulados, capazes de provocar alterações na coluna, na respiração, na postura, na emissão da voz, nos movimentos e terminando por gerar doenças.
Como vimos anteriormente, a musculatura e as glândulas da pele respondem imediatamente às variações do estado interno do indivíduo. Tensões permanentes ou repetidas diminuem a capacidade de resistência da pele a infecções e facilitam a instalação de distúrbios diversos.
Função do relaxamento
Se o estado descontraído da musculatura é o natural, o retorno a ele, sempre que houver tensões anormais, pode ser considerado como um método auxiliar de cura, pois elimina fatores desencadeantes ou agravantes de qualquer doença. A pele descontraída oferece condições ótimas para suas funções protetora, respiratória, lubrificante, reguladora da temperatura, imunitária e outras a serem exercidas de modo satisfatório.
O relaxamento promove aquietamento, revigoramento, reanimação e reativação completos do organismo. Como o corpo é holístico (uma coisa só), atinge também o estado mental despertando pensamentos de calma e de bem-estar por um efeito sobre a circulação, a função cerebral, o funcionamento cardíaco e a respiração.
Outras ações comprovadas do relaxamento são diminuir a hipertensão arterial, ajustar o sistema imunitário, superar a insônia, retardar o envelhecimento, aumentar a capacidade de autocura. Tudo isso é atingido por mudanças na produção de mensageiros químicos, determinadas pela descontração muscular. Existem clínicas nos EUA, principalmente as especializadas em câncer, onde o relaxamento é regularmente empregado como parte integrante de qualquer tratamento por esses motivos.
Como praticar o relaxamento
Existem diversas maneiras de atingir o estado de relaxamento. Todas têm em comum a necessidade de persistência e regularidade na prática. Quanto mais se faz o relaxamento mais benefícios são obtidos. Quinze a trinta minutos diários promovem uma recuperação realmente valiosa. Rapidamente, a pessoa percebe que está descontraída a maior parte do tempo.
O relaxamento pode ser feito deitado ou sentado. O estado de descontração caracteriza-se por pálpebras fechadas, boca entreaberta, língua em contato suave com os dentes incisivos inferiores e afastamento dos maxilares superior e inferior. Quando sentado, a cabeça fica pendente.
Inicia-se com uma série de 10 a 20 respirações abdominais conscientes. Então, iniciando pela cabeça e indo progressivamente até os pés, a cada intervalo entre a expiração e a inspiração seguinte deve-se voltar a atenção para cada parte do corpo (faces do rosto, boca, pálpebras, fronte, couro cabeludo, pescoço, costas, ombros, braços e mãos, tórax, abdome, coxas, pernas e pés) e mentalmente enviar uma ordem: relaxe.
A simples atenção dirigida e a imaginação da parte relaxando provocam o efeito de relaxamento, porque a intenção transforma. Ao chegar aos pés, permanece-se no estado de calma atingido até completar o tempo escolhido.
Também se pode utilizar um método mais rápido de relaxamento pela contração de todos os músculos de uma vez só, mantê-la até o máximo possível e soltar suavemente. Ou contrair e descontrair várias vezes.
Outros métodos existem, assim como técnicas milenares, como yoga, tai chi e chi kung. Cada pessoa deve praticar aquele que mais lhe convém ou agrada.
Consequências da pele relaxada
O estado de relaxamento faz com que a pele se mantenha em boas condições, dentro das características genéticas de cada um e da idade em que se encontra, e seja protegidos do ataque dos radicais livres, causadores de doenças e de envelhecimento prematuro.
Evita a sobrecarga e o desgaste energético da contração dos músculos próprios da pele e do funcionamento anormal dos diversos tipos de glândulas, bem como da ação de substâncias químicas mensageiras com propriedades irritantes e inflamatórias, e da depressão funcional das células de defesa presentes na pele.
Portanto, para o equilíbrio da pele, o relaxamento impõe-se como recurso natural de valor essencial.
Veja também, como o repouso é fundamental para a saúde e beleza da pele.
Tocar a pele é estímulo vital
Há uma ocorrência de todo momento na vida das pessoas, que as influencia de um modo muito profundo e à qual elas não dão a devida atenção. Trata-se do toque ou contato físico ou estímulo cutâneo.
Estranhamente, nem os cursos de formação de dermatologistas, profissionais médicos que devem entender tudo da natureza da pele, fixam-se nesse fato que, em certas ocasiões, tem um efeito permanente na vida da pessoa. Somente algumas correntes de psicologia estudam o toque como um evento importante; entretanto, não são levadas em consideração pela medicina nem por setores ortodoxos da psicologia.
Observações sobre o comportamento dos animais mostram que a mãe lambe repetida e prolongadamente todo o corpo dos recém-nascidos e os mantém junto ao seu corpo nos primeiros dias, e isso garante seu crescimento e desenvolvimento iniciais. O afastamento dos recém-nascidos das mães não só dificulta esse desenvolvimento como deprime seu sistema imunitário.
Em observação com ratos albinos, dos quais foram retiradas a tireoide e as paratireoides, verificou-se que muitos ratos acariciados diariamente conseguiram sobreviver a essa condição em oposição aos ratos não acariciados, que morreram na quase totalidade. Também entre coelhos, que foram alimentados com uma dieta hipergordurosa, com o intuito de acompanhar o aparecimento de deposição de placas gordurosas nas artérias, os que receberam estimulação cutânea frequente deixaram de desenvolver essa condição.
Essas e outras experiências indicaram que, em certas situações, a estimulação cutânea pode significar a diferença entre a doença e a saúde ou entre a vida e a morte.
A importância de tocar os bebês
Em experiência com bebês prematuros, a psicóloga Tiffany Field, da Universidade de Miami, trabalhou com dois grupos de bebês, um que deveria ser tocado somente nas situações necessárias de alimentação e troca de fraldas e outro, que deveria receber acariciamento durante 15 minutos três vezes por dia, sendo que ambos seriam alimentados com a mesma dieta. Ao fim de vinte dias, o grupo que recebeu estimulação física tinha aumentado de peso 47% mais do que o outro grupo e tinha recebido alta seis dias antes.
Mais recentemente, dermatologistas têm observado que crianças com dermatite atópica, uma forma de doença alérgica, que se manifesta na pele de certas crianças a partir dos dois meses de idade, como uma erupção avermelhada, com pequenas bolhas e intensa coceira, respondem melhor ao tratamento, quando os cremes e pomadas utilizados são aplicados pela mãe ou pelo pai com contato terno e amoroso.
A Análise Transacional (AT) dá especial atenção a esse fato ao considerar como fundamental, para o equilíbrio emocional das pessoas, o que é chamado de carícia. Na linguagem da AT, carícia é todo estímulo que o indivíduo recebe, com toque direto ou por qualquer meio. As carícias podem ser positivas ou negativas; as pessoas procuram as carícias positivas, mas, se não as obtêm, buscam mesmo as negativas, pois ambas fazem o indivíduo se sentir vivo.
A ausência de carícias leva à morte, como ficou claro na experiência de René Spitz, que utilizou três grupos de bebês: um grupo, que recebeu carícias três vezes por dia, outro que recebeu contatos nas ocasiões rotineiras e outro no qual os contatos se restringiram ao mínimo. Neste último, várias crianças definharam e morreram da condição chamada marasmo.
A Biodança, sistema de desenvolvimento da personalidade, também dá grande atenção ao contato físico e obtém transformações impressionantes no estado físico, mental e emocional das pessoas.
A Reflexologia e a Acupuntura, por meio da estimulação de certos pontos da pele, obtêm efeitos terapêuticos gerais e específicos. O Reiki transmite energia vital pelo contato com a pele em diversas áreas e são evidentes seus efeitos de equilíbrio físico e curas, tanto que o famoso cirurgião cardiovascular americano Mehmet Oz trabalha com uma curadora na sala de operações.
Tocar a pele: estímulo ao desenvolvimento
Tem-se como certo, hoje, que o contato físico é essencial para que os bebês tenham desenvolvimento físico, neurológico, psicológico e emocional normal. A pele transmite a natureza do contato, por meio dos neurotransmissores e nervos, até o sistema nervoso central e este modula, por meio dos mesmos mensageiros e das células imunitárias cutâneas, o estado da pele.
Aquele princípio de não segurar no colo para não deixar a criança manhosa, já foi provado altamente maléfico. Quanto mais contato a criança tiver, quanto mais prontamente for atendida em suas necessidades de aconchego e carinho mais segura ela será e mais se desenvolverá somática e neurologicamente. Melhor é fazer como as índias dos Andes, que andam com seus bebês às costas o tempo todo ou como as indianas, que massageiam a pele dos bebês com óleo de gergelim até que, naturalmente, eles se aventuram a ir afastando-se com as próprias forças da mesma maneira que acontece com os animais.
Portanto, a pele desempenha um papel certamente decisivo na saúde e na vida psicológica das pessoas e, às vezes, na recuperação de doentes desenganados, existindo relatos de quem tenha saído do estado de coma pela estimulação amorosa e prologada. Isso se passa pela ligação psiconeuroimunocutaneoendócrina, que assegura a interação permanente entre pele, sistema imunitário, sistema endócrino, sistema nervoso e mente.
Tocar faz a diferença
A pele é o órgão de transformação de estímulos físicos em comunicadores químicos e em estados psicológicos. Em qualquer época da vida, um contato terno e amoroso na pele produz a sensação de apoio, consolo, companhia e presença amiga; um contato rude e agressivo faz a pessoa sentir-se rejeitado, desprezada, invadida e provoca-lhe reação de defesa ou raiva.
Portanto, a pele, além de órgão envoltório do organismo, com múltiplas funções de proteção e equilíbrio, informa o sistema nervoso permanentemente sobre o que se passa no ambiente e gera imagens mentais, emoções e sentimentos o tempo todo.
Todo estímulo que ela recebe origina algum estado interior. E isso não se limita ao óbvio, como temperatura, tato e pressão, para os quais existem receptores nervosos na estrutura da pele. Mesmo ondas sonoras são percebidas; qualquer tipo de som é captado não só pelos ouvidos, mas por todo o corpo. O musico terapeuta Stephen Halpern conta, no livro Som Saúde, que duas pessoas surdas foram levadas a uma boate por um amigo e, apesar de não possuírem audição, depois de certo tempo decidiram sair daquele local, porque estavam sentindo dores no corpo provocadas pelo som elevado.
Tratamento pela pele
A possibilidade de ações terapêuticas pela pele é reconhecida pelos recursos do toque, da massagem e da acupuntura. A atitude curativa mais simples é a colocação das mãos sobre locais que sofreram ferimentos ou agressões. Todas as pessoas fazem isso intuitivamente e efetivamente deve ocorrer alguma influência invisível, de caráter puramente energético ou outro, não conhecido, porque a dor é atenuada instantaneamente e a cura é facilitada.
Quem sofrer um traumatismo em alguma área da pele sentirá a dor esvanecer-se de maneira incrível apenas por colocar a mão no local atingido e a manter ali por alguns segundos ou minutos. A técnica do toque terapêutico se baseia nesse princípio mágico do contato das mãos com as áreas a serem tratadas e dirigido pela intenção da cura.
A ciência não é capaz, até o momento, de demonstrar o que se passa; a experiência, entretanto, mostra que o fenômeno é real. Como tudo na ciência, o que não é comprovável hoje sê-lo-á um dia por meios de pesquisa que não existem agora e que os pesquisadores ainda vão inventar.
Todas as pessoas, que já tenham passado por uma sessão de massagem, sabem que aqueles estímulos produzem relaxamento muscular, cura de certas dores, correção de algumas posturas, revitalização da pele e sensação de bem-estar. Os mensageiros químicos ativados pela estimulação dos receptores na superfície cutânea levam ao cérebro a percepção do contato ativador, relaxante ou curativo da massagem e produzem os efeitos gerais no organismo.
A acupuntura funciona de modo ainda não claramente explicado, mas é reconhecido pela medicina ocidental que a colocação de agulhas em pontos específicos da pele tem o poder de aliviar dores, produzir anestesia e curar certos distúrbios. O método rolfing, criado por Ida Rolf, tem resultados surpreendentes, em casos de contraturas musculares e em outros estados patológicos, pela estimulação das aponeuroses (estruturas que envolvem os músculos) através da pele.
A couraça muscular
Fato impressionante, porém, é o endurecimento que as pessoas sofrem através da vida, o qual torna sua pele quase insensível aos estímulos físicos. Primeiro, por causa das restrições, das proibições, das limitações, dos nãos e das manipulações através do medo, da vergonha e da culpa, todos os fatores geradores de estresse e, consequentemente, de tensão muscular e cutânea; depois, pela sexualização do contato físico, também estressante, imposta por informações viciosas passadas pelos pais, por educadores e pelas religiões.
Essas tensões, repetidas e acumuladas nas aponeuroses, nos músculos e na pele, acabam por endurecer a tal ponto esses tecidos que formam o que Wilhelm Reich chamou "couraça muscular do caráter": a pessoa praticamente anestesia sua pele e não consegue sentir o contato amoroso ou o repele por sentir-se amedrontado por ele.
Isso causa um enorme prejuízo emocional à pessoa, porque a necessidade de contato físico, essencial na infância, permanece por toda a vida e faz o ser humano sentir-se vivo. E o primeiro ambiente onde as pessoas podem aprender a tocar-se é a família. Lamentavelmente é aí que elas aprendem a não tocar nem ser tocadas pelos motivos mencionados.
A falta de contato físico entre as pessoas isola-as nos seus envoltórios cutâneos e faz com que percam a percepção do amor dos familiares e amigos, que são essenciais ao bom funcionamento orgânico. Entre os adultos só se entende e aceita contato físico por interesse sexual, mesmo que seja praticado maquinalmente. Nas prisões, o pior castigo é a solitária, onde o detido fica privado de qualquer tipo de contato com outro ser humano.
Essa exigência básica da natureza humana faz com que todos os indivíduos anseiem sempre por contato de qualquer tipo, visual, auditivo ou tátil para se sentirem reconhecidos como pessoas. Desses três tipos, o mais intenso é sem dúvida o contato pele a pele, seja por um aperto de mão, por uma carícia suave ou por um abraço; quando o indivíduo está fechado para esse tipo de estímulo, um contato agressivo ainda é melhor do que nada, pelo menos ele está sendo reconhecido.
Os poucos que estão abertos ao contato espontâneo, os que consideram o contato como natural e benéfico, têm mais possibilidades de praticar atos tão lúdicos e prazerosos como dançar com parceiro ou parceira e estão mais aptos a ter atividade sexual consciente e satisfatória.
Toque e equilíbrio
Por isso é fundamental para a vida equilibrada que as pessoas toquem as outras, aceitem ser tocadas pelas outras e toquem a si mesmas. Para tal é preciso dessexualizar o contato físico e tocar como simples reconhecimento do outro, para transmitir amor, amizade e estímulo, e aceitar o mesmo da parte dos outros.
Assim também é imprescindível que a pessoa toque a si mesma praticando a automassagem, método da medicina chinesa, que estimula todos os órgãos através de pontos de ativação dos meridianos, presentes na superfície da pele. A automassagem coloca o ser humano em contato com sua própria existência e concorre para a formação de uma autoimagem positiva.
Portanto, o toque na pele, o contato com a superfície cutânea, por meio do sistema constituído por terminações nervosas, vasos, células imunitárias e comunicadoras químicos faz a diferença entre uma vida com bons relacionamentos e uma vida de isolamento e depressão.
REALIAÇÃO:
ESCRITO POR RÔMULO SOARES ALBUQUERQUE
CONTEÚDO- DERMATOLOGISTA E OBSERVAÇÃO E LEITURAS SOBRE…
PUBLICAÇÃO: JANAÍNA QUEIROZ